domingo, 3 de março de 2013

Poema


Soneto Julgado

 

Sou eternamente julgado,

Sulgado pelos vórtices da dia.

Aquilo que cria acabado

voluteia num imensa orgia.

 

O sol,  impune, repete o ato,

o juiz uma vez mais sentencia

O que não se considerava culpado

e às vezes de inocente se fazia.

 

Assim segue sob o céu cobalto,

desenfreando o automóvel pela via

outros o seguem alucinados

 

sob a luz clara do meio dia,

pela multidão fria observados,

feito musgo em pedra fria.

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