Às vezes escuto vozes antigas
que falam da música esquecida.
Lápis e papel à mão, cato suas cifras.
Às vezes, soam num leve ritmo;
outras, trovejam abismos
ou rabiscam um retrato sobre cinzas.
Feito cego, assim sigo
dançando entre abismos
ou construindo monumentos em ruínas.