sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Poemas do ócio

Graças a um ócio salutar e leituras de grandes autores, escrevi essas coisas que nomino poemas, espero não cometer nenhuma heresia à grande poesia e aos grandes poetas:



Na praia com Dickinson

O mar é meio esquisito,
Levar a vida a brincar,
a fingir de infinito.

Brinquedo no quintal


A Mangueira é só e basta,
eu, este outro a refletir o fim,
sentada, minha filha brinca,
finge de iludir.


Entre

Entre a tarde e o verso,
o excesso
e a praça de alimentação.


Entre a tarde e o verso,
O desejo
E uma Babel de pernas.


Entre a tarde e o verso,
A tarde e outra tarde,
Feita de versos.


(A tarde podre, de frutas
e memórias podres).


Entre a tarde e o verso,
O avesso e a valsa
Na tela da tarde.




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