sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Poética

Às vezes escuto vozes antigas
que falam da música esquecida.
Lápis e papel à mão, cato suas cifras.

Às vezes, soam num leve ritmo;
outras, trovejam abismos
ou rabiscam um retrato sobre cinzas.

Feito cego, assim sigo
dançando entre abismos
ou construindo monumentos em ruínas.

3 comentários:

  1. Um bom fruto da sua boa poética.Caro paulo, que bom que há sempre um bom texto por aqui!!!!

    ResponderExcluir
  2. Demorei, mas não muito, para tecer merecidos e obrigatórios elogios. Aquele abraço.

    ResponderExcluir
  3. Cara, sei que elogios sem uma análise ficam meio marcados pela palavra fulgar: "está bom"..aff. Mas devo confessar que, deixando a fulgaridade de minhas palavras de lado, seu poema me parece bastante perene...e me fez pensar. Bem original é o que me convém dizer sem ter prestado-lhe uma análise como seria de bom alvitre. Parabéns!

    Ah, indico um blog sonetamente bacana, regrado ao ardor de pimenta do Henrique Pimenta. Vê lá o http://hpoivre.blogspot.com/; mas, atente-se: o Poivre é proibido para menos de idade como eu, que trascride esta regra via Palatus...
    um xero, mio amico...Andiamo via!

    ResponderExcluir