sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Lembranças
Há dias em que fatos acontecem que parecem já terem acontecido. Dias que seguem cotidianamente, em que você sabe o que tem que fazer como pegar um resultado de seleção para professor e você vê este fato como uma repetição de algo que já aconteceu. Estranha coincidência que você esquece no resto do dia. Outro dia você vê alguém e pensa já tê-lo encontrado nas mesmas circunstâncias. E você nunca o viu. Numa manhã você acorda e pensa já ter acordado nesta mesma manhã: o sol, o dia, os dentes, a creme dental são os mesmos. Você se pergunta se já vivera a sua morte? Você não sabe. Outro dia qualquer você vai à escola – as aulas o esperam. Caminha na mesma rua escura, dois homens acompanham-no. E você sabe o que vai acontecer.
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"Você se pergunta se já vivera a sua morte?" Muito bom.
ResponderExcluir"Caminha na mesma rua escura, dois homens acompanham-no. E você sabe o que vai acontecer." Excelente.
Amigo, Paulo, por coincidência ou não, toda vez que visito o seu blog já sei o que vou encontrar: ótimos textos! :)
Parabéns e você está devendo uma visita ao meu blog! Aquele abraço (como diria Thiago).
Sabe,essa doença que você sente, meu caro, chama-se MEMÓRIA. As memórias reproduzem-se no presente fazendo-nos ter duas percepções da vida: a) a de que tudo é novo e o "déjà vu" nos faz sentir-nos no divã da vida; b) a de que nada é novo e a morte nos cerca o tempo todo.
ResponderExcluirVai saber por quê?
Aparece no Palatus, não sei se tem algo que te interessa, mas mesmo assim vale até para tecer uma crítica para melhorá-lo.
Abç
Nilson, em sumpalo!